Diário de separação: palavras para uma notação matemática, experimenta, por meio da forma breve e lacunar, recompor o trabalho do tempo na luta pela vida. A epígrafe que abre o livro marca um tempo “antes do início”, com a reescrita de uma passagem de Gênesis. Os dias que marcam o diário são assinalados pela notação matemática dos conjuntos, embaralhando e ressoando dias dentro de dias, noites dentro de dias.
O matrimônio: modos de escrever o desejo, por meio da forma de um fluxo tramado no mal-entendido da língua, quer arrancar, da morte produzida pelos enquadramentos, o desejo, fazê-lo pulsar. Nessa obra nos deparamos com o portuñol que tenta elaborar o Matrimônio, uma palavra que se atraviesa embarazada ou embaralhada.
Aqui, com as palavras de Camila, todos os objetos estão dispostos na mesa e o fim é por onde começamos a contabilizar as perdas — Gabriela Perigo
Diário de separação persegue uma pergunta: quais os gestos capazes de darem forma ao desfazimento durante o desfazimento? O matrimônio trilha a pergunta em outra direção: que línguas podem escapar à máquina amortecedora dos enquadramentos de Estado? As duas perguntas, por supuesto, fracassam. — Camila Prando
diário de separação tem companhia do desenhista Gil Maulin. O matrimônio vem acompanhado dos carimbos de Rafael da Escóssia Lima. O projeto gráfico é assinado por Catarina Costa, Gabriela Perigo assina a edição e a orelha, e a revisão é de Bianca Monteiro Garcia.
SOBRE A AUTORA: Camila Prando nasceu em Telêmaco Borba, bem perto do rio Tibagi. Publicou Dicionários de Palavras Subterrâneas (editora Avá), O presente da Olivia (editora Metanoia), e alguns poemas e prosas em revistas literárias.
O matrimônio/diário de separação
Camila Prando